— Caro doutor Pinto da Costa, gosto tanto de si, acho-o um homem tão charmoso, uma espécie de figura paternal para uma menina frágil como eu .
— Quando morreres, minha querida, o teu cadáver será igual ao de todos os outros. Irás apodrecer e toda a beleza que hoje tens de nada te valerá. Os ritmos de putrefacção serão os mesmos para qualquer um de nós.
— A sua barba branca, tão natalícia, caro doutor, é para mim um refúgio, acho que é amor o que sinto por si.
— Só o dizes porque ficaste impressionada ao ver-me na televisão a protestar contra aquela autópsia a um extraterrestre, quando me rebelei contra a palhaçada e disse, afoito: toda a gente sabe que não é daquela maneira que se serra uma cabeça!
— Confesso, doutor. Deste então não consigo parar de pensar em si a meu lado. Venha, meu querido, acompanhe-me à esplanada para tomarmos um refresco. Que me diz a um sumo de laranja?
— Laranjas... já te disse, minha pequena, que faço autópsias como quem descasca laranjas?
— Ó doutor, você estraga-me de mimos.
Tuesday, March 18, 2008
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5 comments:
ah, o doutor...
está mas é na hora de formar um clube de fãs. ninguém fala de cadáveres com tanta naturalidade.
eu entro
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pá, ó celular, vai mas é levar na regueifa.
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