Há, para quem nunca reparou nesta evidência, um grupo de portugueses que diz fónix. Fónix não existe, por mais que estes entranhados nas nossas linhagens o queira de outro modo.
- Fónix para isto. – ouço eu.
Pensava, antes, que se referiam a Fénix, do latim phoenice, do grego phoînix, a ave que, queimada, renascia das próprias cinzas.
Contudo, quando comecei a descobrir a expressão noutros encadeamentos, entendi que não.
- Fónix, caralho! Martelei o dedo. – bradou o meu primo.
Tudo aqui mudou de configuração. Primeiro, juntar a divina Fénix a vocábulo tão ordinário, provavelmente proibido, pareceu-me tarefa fora da lógica. Percebi pela primeira vez que Fónix era um desabafo e que tinha de passar a considerar o termo dessa forma.
Essa gente que diz fónix, concluo agora, nada mais quer do que dizer foda-se sem realmente dizer foda-se. É gente que quer ter o prazer do desabafo, mas não assumir a consequência da asneira, é gente que vive numa espécie de coito interrompido linguístico.
Monday, October 29, 2007
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3 comments:
Zinha-se!
hehehehe.
zinha-se é ainda pior que fónix.
zinha-se nem sequer é uma tentativa de asneira, é um disparate.
da-se!!! Nao e' ainda pior que fonix tb???
Eu ca gosto do Porra! eheheh
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