Eles são palhaços mas não sabem do que riem. O ar são pintinhas às cores que me turvam a vista, mas não o pensamento. Do meu pulso sai uma lança amarrada a uma corda e trespassa o peito do palhaço do outro lado da rua. Assim que a minha lança lhe sai pelas costas num esguicho medonho de sangue contra a parede de um restaurante fechado, os olhos da minha vítima fixam-se em mim como lapas numa rocha e o silêncio que de repente interrompe a festa traz-me as suas perguntas pelo ar: porquê? Porquê? Duas perguntas que são a mesma.
Puxo a corda com a lança e na ponta vem o palhaço, arrastado pela rua, numa ribeira de vermelho em margens de alcatrão. Os outros palhaços, alguns zorros, homens-aranha, super-homens, vaqueiros, princesas, homens vestidos de mulheres, coisas, param e partilham o silêncio do espanto. O espanto é o máximo do silêncio.
Recolho a vítima, tiro a minha máscara de Scorpion e todos abrem ainda mais a boca ao ver a minha caveira em chamas antes de queimar até ao último osso o palhaço.
Em cada Carnaval julgam que sou apenas mais um mascarado.
Puxo a corda com a lança e na ponta vem o palhaço, arrastado pela rua, numa ribeira de vermelho em margens de alcatrão. Os outros palhaços, alguns zorros, homens-aranha, super-homens, vaqueiros, princesas, homens vestidos de mulheres, coisas, param e partilham o silêncio do espanto. O espanto é o máximo do silêncio.
Recolho a vítima, tiro a minha máscara de Scorpion e todos abrem ainda mais a boca ao ver a minha caveira em chamas antes de queimar até ao último osso o palhaço.
Em cada Carnaval julgam que sou apenas mais um mascarado.
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